terça-feira, 30 de agosto de 2011

Carta não enviada:

(…) Uma conhecida sensação de ausência invadiu esse cômodo, de repente percebi que estava sozinha novamente, o que me faltava? Amor? Você? Felicidade, aquela que encontro no aconchego do teu abraço? Por onde andas meu bem? Por que não voltas? Por que se foste? Por que? Por que? Preciso de respostas, mas tudo permanece em silêncio. 
De repente ouço alguém batendo a porta, me encolho, não quero atender a porta, não quero conversar, não quero ter a sensação de estar vida, não quero desapontar novamente aqueles que amo com minhas olheiras de noites sem dormir, minha aparência desleixada e o apartamento virado ao avesso - que apenas reflete como esta a minha vida. 
Quem quer que seja, parou de bater a porta. 
Eu que vim morar aqui porque necessitava de barulho, me dou conta de que com tanto barulho, a cidade que não para, buzinas de carros, sons no último volume, TV ligada, eu ainda me perco no silêncio. 
O silêncio é o que mais me atormenta, só você conseguia fazer barulho na minha vida. E entre essas palavras sem sentido que traduzem a sua ausência, te peço para voltar, volte. 
Eu ainda te espero para que ajuste o meu relógio, leia meu diário escrito, e que me chame de louca entre um beijo e outro.


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