quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A vida tem seu lado bom, basta saber enxergar.

Sorrisos dão beleza a dor. Abraços curam dores. Beijos demostram amor. A vida é dura, mas também pode ser bela. Animais são feitos de ternura. Cavalos, coelhos e cachorros me fazem sorrir. Natureza é o melhor calmante que existe. Chuva é a melhor música. Sol é o melhor hidratante. Amigos de verdade estão ao seu lado apesar de tudo. Somos seres humanos e erramos, perdoar é amor. Mãe é amor. Pai é força. Deus é esperança. Irmãos são alicerces. Crianças nos mostram a importância da vida. Simplicidade é felicidade. Livros são viagens. Estrelas são sonhos. O céu não é o limite. Nada é impossível. Acreditar te mantém firme e forte. Solidão te dá força. Aprender com os erros faz parte. Demostrar sentimentos é uma dádiva. Acreditar nos outros também. Decepção é dor. Dor é crescer. Mas nunca deixe de ser criança. Criança é viver. Viver é felicidade.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Foi por você...

Foi por você ter sido tão insensível, brusco, egoísta e só cultivar o ódio que me machucou, foi por crescer vendo você sendo o pior dos seres humanos e por me fazer chorar noites seguidas durante anos, foi por me encolher no canto do quarto tentando não escutar os seus gritos e por passar noites sem dormir por medo, foi por ter feito eu perder a confiança em qualquer ser humano e não me aproximar das pessoas, foi por escutar minha mãe chorar no meio da noite e por nunca ter feito qualquer coisa que demonstrasse seu amor por nós, foi por ter me feito ser um poço de inseguranças quando eu ainda era uma garotinha. Foi por não saber o que é ter um pai e por tudo que você me fez passar, que hoje eu sou forte. Foi por não querer ser igual e por não querer cultivar o ódio no meu coração que eu te perdoei e por te perdoar, que as marcas que ficaram em mim por tanto tempo sumiram. Foi por você ter mudado, que comecei acreditar nos outros, a amar e deixar meu coração aberto. Foi quando eu me vi livre dos meus medos e olhei para você sem me lembrar de tudo, que comecei a te amar e quando isso aconteceu, eu comecei a finalmente não ter medo de viver.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Acreditava ser uma pessoa absolutamente normal. Sua decisão de morrer devia-se  a duas razões muito simples, e tinha certeza que, se deixasse um bilhete explicando, muita gente ia concordar com ela. A primeira razão: tudo em sua vida era igual, e – uma vez passada a juventude – a tendência era que tudo passasse a decair, a velhice começasse a deixar marcas irreversíveis, as doenças chegassem, os amigos partissem. Enfim, continuar vivendo não acrescentava nada; ao contrário, as possibilidades de sofrimento aumentavam muito. A segunda razão era bem mais filosófica: Veronika lia jornais, assistia TV, e estava a par do que se passava no mundo. Tudo estava errado, e ela não tinha como consertar aquela situação – o que lhe dava uma sensação de inutilidade total.”
(Paulo Coelho in: Veronika decide morrer) 

Lágrimas

Eu chorei; chorei porque ao olhar para o passado eu não reconheço aquela garotinha, chorei porque por mais que dizem que ela está aqui dentro do meu peito implorando para sair, eu sei que ela não está; eu a matei, eu a matei porque ela era apenas uma garotinha tola que achava que o mundo era perfeito e eu havia crescido. E eu chorei por tê-la matado, eu chorei porque as flores das quais você disse que eu era feita, murcharam. Chorei porque o sorriso que você achava infantil e inocente e o seu predileto sumiu, chorei porque as palavras doces e sonhadoras se transformaram em gritos de dor, em choros sufocantes, em lágrimas cortantes. Chorei porque você a amava e quando eu a matei, você deixou de me amar, chorei porque ninguém é capaz de amar uma assassina. E depois que as lágrimas se foram com a garotinha ingênua que você tanto amava, eu nunca mais chorei, porque eu deixei de amar, esperar, querer, sentir, sorrir; isso morreu junto com ela, ela não existe mais.

Coisas que eu amo em você

Eu amo seus sorrisos de forma imprudente depois do jantar com a salada presa entre os dentes, e seus risos logo em seguida. Amo a ideia de só pensar em você, não o que você era, mas o que você é. Amo sua beleza, seus muitos defeitos até as seis da manhã, seus sorrisos e as covinhas nas laterais da boca que as fazem ainda mais bonita. Amo suas mãos, seu cabelo, suas lágrimas com facilidade, o seu coração com meu nome nele, que será permanente, mas invísivel. Eu amo os seus olhos, a cor do seu cabelo em contanto com o sol, sob a pele com o seu perfume. Suas declarações de amor, sua risada engraçada, sua maneira de falar, seus trejeitos incontroláveis quando fala e seu sorriso torto. Eu amo a forma dos seus lábios quando está aborrecida, eu amo as batidas regulares do seu coração, e suas tatuagens. Eu amo o seu jeito imprudente de amar, rir e sorrir, o seu amor, eu amo sua estupidez, seu abraço, eu amo quando você canta quando está bêbada e quando bate a porta. Eu amo seu rosto vermelho e sua pele macia. Eu amo seu nariz, sua língua, suas mordidas, amo quando mergulha em livros, as espinhas horríveis sobre a testa, seu não-querer falar pela manhã ao acordar. Eu amo pensar em você, quando abro os olhos, e quando vou dormir. Eu amo nadar em suas palavras sem me afundar, eu amo te amar, e ter seu amor.

Desabafo de fim de tarde.

Os dias ainda continuam os mesmos, eu sei que estou em uma casa nova e que da minha janela posso ver a rua cheia de carros e de luzes e de pessoas andando e andando, às vezes me pergunto se no meio da noite seus travesseiros se encontram molhado das lágrimas, como o meu. É janeiro, e o mês já está acabando, as vezes nem me dou conta que um novo ano já começou e que eu deveria ter mais esperança de que as coisas poderiam melhorar, mas eu já perdi isso há muito tempo. Também percebi hoje a tarde, enquanto limpava o pó da estante, que eu tenho que arranjar um emprego. Tem tantas coisas que eu tenho que fazer, algumas simples, outras nem tanto, confesso que socializar não é o meu forte e esperar ajuda das pessoas também não. Então pensei em ir fazer a minha carteira de trabalho, mas me dei conta de que hoje é sábado e não está aberto. Então decidi ir dormir, mas o sono não chegava, e inventei de fazer um bolo mas não tem o fermento, então fui ler, mas o livro falava muito de amor, e tudo parecia tão distante da realidade. Fui ver uma comédia romântica, e não consegui soltar um sorriso. Então fui ver terror e peguei no sono, agora acordei com a cara amassada, com a garganta seca, com o estômago vazio e com uma vontade louca de chorar, estava tendo um pesadelo, daqueles que se misturam com a realidade, mas chorei pelo fato de que nem mesmo o pesadelo, pode ser pior que a realidade. Vim escrever e não tem o que escrever. Nada. Tudo se resume a nada na minha vida.