domingo, 5 de fevereiro de 2012

Desabafo de fim de tarde.

Os dias ainda continuam os mesmos, eu sei que estou em uma casa nova e que da minha janela posso ver a rua cheia de carros e de luzes e de pessoas andando e andando, às vezes me pergunto se no meio da noite seus travesseiros se encontram molhado das lágrimas, como o meu. É janeiro, e o mês já está acabando, as vezes nem me dou conta que um novo ano já começou e que eu deveria ter mais esperança de que as coisas poderiam melhorar, mas eu já perdi isso há muito tempo. Também percebi hoje a tarde, enquanto limpava o pó da estante, que eu tenho que arranjar um emprego. Tem tantas coisas que eu tenho que fazer, algumas simples, outras nem tanto, confesso que socializar não é o meu forte e esperar ajuda das pessoas também não. Então pensei em ir fazer a minha carteira de trabalho, mas me dei conta de que hoje é sábado e não está aberto. Então decidi ir dormir, mas o sono não chegava, e inventei de fazer um bolo mas não tem o fermento, então fui ler, mas o livro falava muito de amor, e tudo parecia tão distante da realidade. Fui ver uma comédia romântica, e não consegui soltar um sorriso. Então fui ver terror e peguei no sono, agora acordei com a cara amassada, com a garganta seca, com o estômago vazio e com uma vontade louca de chorar, estava tendo um pesadelo, daqueles que se misturam com a realidade, mas chorei pelo fato de que nem mesmo o pesadelo, pode ser pior que a realidade. Vim escrever e não tem o que escrever. Nada. Tudo se resume a nada na minha vida.

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